O TUSP,
a Pró-Reitoria de Cultura e extensão e o Grupo Preto no Branco
tem a honra
de convidá-lo para
Programa
Tusp de Leituras Públicas
programa especial de formação
de grupos e espectadores
Data:
31/5/2012, quinta-feira
Horário:
19 horas
Local: Sede
do Grupo Preto no Branco
Rua Major Jose Inácio n° 1565
- Centro
Ciclo
VII - Teatro, Verdade, Justiça
O
Rinoceronte
(Ionesco)
O
programa Tusp de Leituras Públicas propõe,
a cada ciclo, o dizer de peças de autores eminentes do teatro ocidental. As
peças serão lidas pelos espectadores presentes, artistas em formação,
estudantes de escolas públicas e privadas, além de convidados. Espera-se
criar um público que acompanhe os ciclos,indo além da presença eventual e
abrindo espaço para uma experiência diferenciada do espectador que favoreça
sentidos de pertencimento à coisa pública.
Sinopse
do texto:Eugène Ionesco é um dos pais do teatro do
absurdo. Contra tudo que se fazia no teatro, ele abriu novas portas onde
qualquer coisa era possível. Mas enquanto Becket produziu um nonsense quase
puro, centrado no campo das idéias e desvinculado da realidade imediata,
Ionesco escreveu várias peças que remetem a problemas reais e podem ser
consideradas beirando o simbolismo. O Rinoceronte, de 1958, é uma
delas.
Assim,
do nada, numa corriqueira cena de rua parisiense, passa um rinoceronte
correndo. O povo, quase em uníssono, se surpreende, mas a vida continua. Também
continuam, porém, a aparecer rinocerontes. E isto serve de pretexto para muitas
conversas sobre a possível origem destes rinocerontes, e até sobre se tudo não
passaria de ilusão. Um especialista em lógica é consultado, mas suas
elocubrações são tão absurdas que incluem até a teoria de que o filósofo
Sócrates na verdade teria sido um gato. Outro personagem chega à conclusão que
os rinocerontes vistos não passam de fruto da imaginação, e mesmo quando
confrontado com um dos paquidermes recusa-se a admitir que está vendo um deles.
Mais tarde, quando já é impossível negar, ele se apresenta como um dos
primeiros a ter estudado a questão. É com pequenos episódios como este que
Ionesco vai construindo em O Rinoceronte um painel de tipos
que todos nós bem conhecemos.
Em
meio a todos estes rinocerontes e às teorias que os cercam, está o protagonista
Berenger. Ele parece ser o único a perceber que algo está muito errado, o
primeiro a pressentir a verdade sobre a origem de tantos rinocerontes, o
primeiro a levantar a voz contra a corrente de inutilidades proferidas pelos
outros personagens. E é tanto a cegueira quanto a recusa em ver que condena a
todos, que os destina a fecharem o círculo transformando-se eles mesmo em
rinocerontes.
O
rinoceronte, esse animal estranho e quase mítico (durante séculos, na Europa,
acreditava-se que fosse um ser raro e mágico), sempre foi símbolo de algo
dentro de nós, das gravuras de Dürer aos filmes de Fellini, sem esquecer as
estátuas de Dalí. Ionesco soube capturar a mesma imagem e fazer de sua
peça O Rinoceronte um marco da história do teatro.
Sobre o
grupo Preto no Branco:
O Grupo de
Teatro Preto no Branco surgiu no ano de 2001 no Colégio Cecília Meireles,
estreando o espetáculo "Várias Vidas, Várias Dúvidas", cartaz do SESC
São Carlos no mês de dezembro deste ano. A partir de 2002, seguiu com suas
montagens com os alunos deste colégio até o ano de 2006. O Grupo, neste
período, atuava também em comunidades carentes da cidade, iniciando um trabalho
que perdura até os dias de hoje. Nesta época surge uma figura que encaminhou e
muito contribuiu para o grupo andar, de quem falamos é do grande dramaturgo
brasileiro José Saffioti Filho, que além de abrir as portas do SESC São Carlos
para o grupo se apresentar, forneceu uma bagagem interessantíssima que começou
a modelar a formação de Fernando Cruz,diretor do grupo.
No início de 2007, o Grupo desligou-se do Colégio, ganhando amplitude na cidade.
Em 2008, o Grupo Preto no Branco foi selecionado pelo primeiro Edital do Fundo Municipal de Cultura da Cidade de São Carlos, para a realização da montagem da farsa medieval "Isabela, a Astróloga de Araque", texto de autor desconhecido adaptado na década de 70 pelo prof. Miroel Silveira (EAD) e readaptado no ano de 2009 pelo dramaturgo Reinaldo Santiago especialmente para o Grupo Preto no Branco. Em 2012 o grupo ganha novos contornos em sua sede, na Major José Inácio, onde tem promovido diversas ações culturais.
No início de 2007, o Grupo desligou-se do Colégio, ganhando amplitude na cidade.
Em 2008, o Grupo Preto no Branco foi selecionado pelo primeiro Edital do Fundo Municipal de Cultura da Cidade de São Carlos, para a realização da montagem da farsa medieval "Isabela, a Astróloga de Araque", texto de autor desconhecido adaptado na década de 70 pelo prof. Miroel Silveira (EAD) e readaptado no ano de 2009 pelo dramaturgo Reinaldo Santiago especialmente para o Grupo Preto no Branco. Em 2012 o grupo ganha novos contornos em sua sede, na Major José Inácio, onde tem promovido diversas ações culturais.
Recomendação etária: Livre
Realização: Tusp e Pró-Reitoria de Cultura e extensão Universitária
Parceria: Grupo de Teatro Preto no Branco