28 de maio de 2012



O TUSP, a Pró-Reitoria de Cultura e extensão e o Grupo Preto no Branco
tem a honra de convidá-lo para

Programa Tusp de Leituras Públicas
programa especial de formação de grupos e espectadores 

Data: 31/5/2012, quinta-feira
Horário: 19 horas
Local: Sede do Grupo Preto no Branco
Rua Major Jose Inácio n° 1565 - Centro


Ciclo VII - Teatro, Verdade, Justiça
O Rinoceronte
(Ionesco)



O programa Tusp de Leituras Públicas propõe, a cada ciclo, o dizer de peças de autores eminentes do teatro ocidental. As peças serão lidas  pelos espectadores presentes, artistas em formação, estudantes de escolas públicas e privadas, além de convidados. Espera-se criar um público que acompanhe os ciclos,indo além da presença eventual e abrindo espaço para uma experiência diferenciada do espectador que favoreça sentidos de pertencimento à coisa pública.
  

Sinopse do texto:Eugène Ionesco é um dos pais do teatro do absurdo. Contra tudo que se fazia no teatro, ele abriu novas portas onde qualquer coisa era possível. Mas enquanto Becket produziu um nonsense quase puro, centrado no campo das idéias e desvinculado da realidade imediata, Ionesco escreveu várias peças que remetem a problemas reais e podem ser consideradas beirando o simbolismo. O Rinoceronte, de 1958, é uma delas.
Assim, do nada, numa corriqueira cena de rua parisiense, passa um rinoceronte correndo. O povo, quase em uníssono, se surpreende, mas a vida continua. Também continuam, porém, a aparecer rinocerontes. E isto serve de pretexto para muitas conversas sobre a possível origem destes rinocerontes, e até sobre se tudo não passaria de ilusão. Um especialista em lógica é consultado, mas suas elocubrações são tão absurdas que incluem até a teoria de que o filósofo Sócrates na verdade teria sido um gato. Outro personagem chega à conclusão que os rinocerontes vistos não passam de fruto da imaginação, e mesmo quando confrontado com um dos paquidermes recusa-se a admitir que está vendo um deles. Mais tarde, quando já é impossível negar, ele se apresenta como um dos primeiros a ter estudado a questão. É com pequenos episódios como este que Ionesco vai construindo em O Rinoceronte um painel de tipos que todos nós bem conhecemos.
Em meio a todos estes rinocerontes e às teorias que os cercam, está o protagonista Berenger. Ele parece ser o único a perceber que algo está muito errado, o primeiro a pressentir a verdade sobre a origem de tantos rinocerontes, o primeiro a levantar a voz contra a corrente de inutilidades proferidas pelos outros personagens. E é tanto a cegueira quanto a recusa em ver que condena a todos, que os destina a fecharem o círculo transformando-se eles mesmo em rinocerontes.
O rinoceronte, esse animal estranho e quase mítico (durante séculos, na Europa, acreditava-se que fosse um ser raro e mágico), sempre foi símbolo de algo dentro de nós, das gravuras de Dürer aos filmes de Fellini, sem esquecer as estátuas de Dalí. Ionesco soube capturar a mesma imagem e fazer de sua peça O Rinoceronte um marco da história do teatro.


Sobre o grupo Preto no Branco:
O Grupo de Teatro Preto no Branco surgiu no ano de 2001 no Colégio Cecília Meireles, estreando o espetáculo "Várias Vidas, Várias Dúvidas", cartaz do SESC São Carlos no mês de dezembro deste ano. A partir de 2002, seguiu com suas montagens com os alunos deste colégio até o ano de 2006. O Grupo, neste período, atuava também em comunidades carentes da cidade, iniciando um trabalho que perdura até os dias de hoje. Nesta época surge uma figura que encaminhou e muito contribuiu para o grupo andar, de quem falamos é do grande dramaturgo brasileiro José Saffioti Filho, que além de abrir as portas do SESC São Carlos para o grupo se apresentar, forneceu uma bagagem interessantíssima que começou a modelar a formação de Fernando Cruz,diretor do grupo.
No início de 2007, o Grupo desligou-se do Colégio, ganhando amplitude na cidade.
Em 2008, o Grupo Preto no Branco foi selecionado pelo primeiro Edital do Fundo Municipal de Cultura da Cidade de São Carlos, para a realização da montagem da farsa medieval "Isabela, a Astróloga de Araque", texto de autor desconhecido adaptado na década de 70 pelo prof. Miroel Silveira (EAD) e readaptado no ano de 2009 pelo dramaturgo Reinaldo Santiago especialmente para o Grupo Preto no Branco. Em 2012 o grupo ganha novos contornos em sua  sede, na Major José Inácio, onde tem promovido diversas ações culturais.






Recomendação etária: Livre

Realização: Tusp e Pró-Reitoria de Cultura e extensão Universitária
Parceria: Grupo de Teatro Preto no Branco