"PROGRAMA TUSP DE LEITURAS PÚBLICAS"
Ciclo VI - Leituras da Comédia Brasileira
texto:
COMO SE FAZIA UM DEPUTADO?
de França Junior (1882)
Com exibição de palestra filmada sobre comédia brasileira
com o prof. Welington Andrade doutor em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo (USP),
professor do curso de jornalismo e vice-diretor da Faculdade Cásper Líbero.
Data: 09/11/2011
Horário: quarta-feira, 14 horas
Local: Centro Cultural da Usp de São Carlos (ao lado do Observatório da Usp)
entrada pela Carlos Botelho
Sobre o autor:
Joaquim José da França Júnior (Rio de Janeiro RJ 1838 - Poços de Caldas MG 1890). Pintor, dramaturgo, advogado, jornalista, político. Em 1862, reside em São Paulo, e forma-se na Faculdade de Direito de São Paulo. De 1863 a 1867, é secretário da presidência do Estado da Bahia. Em 1873, participa da comissão que representa o Brasil na Exposição Universal de Viena. No Rio de Janeiro, em 1880, faz curso de pintura com o aquarelista alemão Benno Treidler (1857 - 1931). Entre 1882 e 1884, freqüenta as aulas de paisagem na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, como amador, estuda com Georg Grimm (1846 - 1887) e participa das excursões do Grupo Grimm para realizar pinturas ao ar livre. Em 1887, exerce o cargo de juiz de órfãos e ausentes da 2ª Vara do Rio de Janeiro. Nesse ano, expõe na casa Glace Elegante, no Rio de Janeiro. Em 1888, viaja para a Europa e ao retornar, no ano seguinte, realiza exposição na Casa De Wilde, na Glace Elegante e no Atelier Moderno. Recebe orientação artística de Caron (1862 - 1892). Paralelamente às atividades como artista, destaca-se como escritor de peças teatrais e colabora com crônicas e crítica de arte nos jornais Correio Mercantil, O Paiz, Gazeta de Notícias e Vida Fluminense.
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1791&cd_item=1&cd_idioma=28555
Sobre o Programa Tusp de leituras Públicas:
O programa Tusp de Leituras públicas propõe, a cada ciclo, o dizer de peças de autores eminentes do teatro ocidental. As peças serão lidas pelos espectadores presentes, artistas em formação e convidados. Espera-se criar um público que acompanhe os ciclos, indo além da presença eventual e abrindo espaço para uma experiência diferenciada do espectador, que favoreça sentidos de pertencimento à coisa pública
Sobre a sua obra:
Revelou-se um continuador de Martins Pena. Em 1862, estreou no Ginásio Dramático (RJ) Tipos da atualidade, comédia mais conhecida como O barão de Cutia, graças à extrema popularidade do personagem do mesmo nome, um fazendeiro rico que uma viúva interesseira deseja ardentemente ter por genro. Dando à peça o título "Tipos da atualidade", o comediógrafo faz da mediocridade e do interesse as molas-mestras das relações interpessoais na sociedade fluminense de então. Utilizando-se de enredos aparentemente anedóticos, França Júnior fez de suas comédias pequenas caricaturas de aspectos variados do cotidiano e da família fluminense. Outro alvo de suas comédias é o "estrangeiro", sobretudo o "inglês", e os privilégios que obtém do governo brasileiro, como em O tipo brasileiro e Caiu o ministério, comédias representadas em 1882.
Importante como painel crítico do Rio de Janeiro no fim do século, a obra de França Júnior reforça a tradição cômica do teatro brasileiro e se caracteriza pela agilidade das falas curtas, das peças em um ato, com linguagem coloquial, jogo cênico rápido, ambigüidades e grande noção de ritmo teatral.
Além de comediógrafo, França Júnior foi promotor público e curador da Vara de Órfãos no Rio de Janeiro, secretário do Governo da Província da Bahia e, como jornalista, autor de folhetins bastante populares à época, publicados em O País, O Globo Ilustrado e Correio Mercantil (reunidos em Folhetins, em 1878, com prefácio e coordenação de Alfredo Mariano de Oliveira).
Escreveu cerca de duas dezenas de comédias e peças teatrais. Além das já mencionadas, destacam-se: Amor com amor se paga (1870); Direito por linhas tortas (1870); O tipo brasileiro (1872); Como se fazia um deputado (1882); Caiu o ministério (1883); Entrei para o Clube Jácome (1887); Os candidatos e As doutoras (1889). Foram reunidas em O teatro de França Júnior, 2 vols. (1980).
http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_4856.html
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